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O uso do espelho por crianças pequenas

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  A criança se desenvolve através dos seus órgãos dos sentidos, do movimento (propriocepção) e do sentido do equilíbrio. Os olhos até quatro anos estão desenvolvendo seus músculos para a percepção tridimensional do mundo circundante. São três pares de músculos, a saber: um par que faz o movimento ocular da direita para a esquerda e vice-versa; um par que faz o movimento de cima para baixo e vice-versa; e um par que faz o movimento de perto e longe e vice-versa. Dessa maneira de trabalhar os músculos oculares é que a criança registra a tridimensionalidade do mundo circundante. Diante de um espelho, a criança, principalmente nos primeiros anos da infância, não tem a chance de trabalhar o terceiro par de músculos, aquele que faz o movimento de perto-longe, pois o espelho dá uma sensação de profundidade ilusória e não real, não permitindo à criança vivenciar essa profundidade verdadeiramente. Vivemos num mundo real e concreto onde a tridimensionalidade faz parte e deve ser

Educação e Autoeducação

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  Aurélio: Educação é: - um processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando a sua melhor integração individual e social; - conhecimento e prática dos usos de sociedade; civilidade, delicadeza, polidez, cortesia. “Vê-se que é uma pessoa de muita educação”. Educado: - que recebeu educação; - que se educou – auto-educação. Educando: - aquele que recebe educação. Por que escolhemos uma escola Waldorf para nosso filho ou para lecionarmos nela? Porque queremos, almejamos, algo melhor para eles e para nós. Esse algo melhor é o que nos move. O que é isso? É tornarmos mais humanos, mais sensíveis e dessa forma tornarmos o meio social em que vivemos mais civilizado. Devemos trabalhar mais valores humanos, e menos competitividade e busca pelo material. Devemos separar o supérfluo do essencial, o essencial do acessório. Uma escola Waldorf existe para os pais e os professores se auto-educarem. A

Mentira e Furto

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  Existe a idade da fantasia onde a criança fantasia (acaba inventando) um monte de coisas e acredita mesmo ser real (até os 6, 7 anos). Os pais e professores devem ficar atentos para que isso não se transforme em hábito ou mania. Aos poucos essa fase passa e ela não 'mentirá' mais. Se continuar fantasiando, passado um tempo, aí então precisará de uma orientação psicológica. Usar da fantasia é uma fase fisiológica, isto é, toda criança passa por ela. É preciso que os adultos saibam diferenciar a fantasia da mentira e ao perceberem que é mentira, digam à criança que não se pode mentir, que isso não se faz, mas sem muito trauma. Quanto a pegar dinheiro é necessário saber que dinheiro e outros pertences não se pode pegar sem autorização. Mas isso também faz parte dessa fase fisiológica, a criança pequena não tem noção ainda de pertencimento das coisas materiais. A criança pensa que tudo lhe pertence até que aos poucos vai tomando ciência de que não se mexe nas cois

Meu filho está pronto para ler?

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Por Ferdinando Casagrande* No banco ensolarado do jardim ela tomava sol. A bengala ao lado, rosário na mão, ela recompensava a companhia que eu lhe fazia recheando minha imaginação com histórias sobre a infância feliz nos campos da Serra da Estrela, sobre as cerejas que comia do pé e a neve branca como açúcar que ela pegava com a mão no parapeito da janela. “A neve era doce?”, eu perguntava. Ela ria da minha dúvida. “Quando vou poder ler histórias tão bonitas quanto as suas?” Minha avó então me afagava os cachos e dizia, com o sotaque português que uma vida inteira no Brasil jamais apagou: “Não te apresses, meu neto. A hora chegará. Por enquanto, te ocupas de brincar que é o melhor que podes fazer.” Eu devia ter uns cinco anos e minha avó, em sua sabedoria de camponesa que só foi alfabetizada aos 9 anos, sabia que naquela idade eu não estava pronto para as exigências da escolarização. Algo que hoje em dia, infelizmente, formuladores de políticas educacionais parecem prontos a ignorar.

Coordenação Motora Fina para a Escrita e Trabalhos Manuais como Costurar e Bordar

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A criança pequena se movimenta em bloco e aos poucos vai se organizando em seu corpo e coordenando seus movimentos para depois dissociá-los. Por volta dos três anos as dissociações começam a se estabelecer. A criança pode se sentar sobre um caixote e balançar alternadamente suas pernas, divertindo-se com o movimento e o ruído que provoca. Mas ainda possui muitas sincinesias, ou seja, quando executa um movimento com algum membro do corpo outro membro também se movimenta interferindo assim na realização práxica, principalmente nos envolvimentos musculares globais, contaminando a motricidade mais específica, e nas contaminações homolaterais. Por exemplo: se uma mão se dirige para um objeto, num movimento rápido, a outra mão a acompanhará. Os movimentos de pulso e de dedos provocarão movimentos homolaterais similares. As caretas são freqüentes na tentativa de realização de movimentos finos. Quando usa a tesoura antes do amadurecimento neurológico, movimenta a boca como se estivesse mastiga

Atividades na Educação Infantil

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As atividades na educação infantil devem ser as mesmas que existem na casa da criança. Lembrando que a educação infantil não pode ser confundida com ensino fundamental. São atividades que ajudam no desenvolvimento da autonomia; atividades, sobretudo motoras, que ajudam a desenvolver e coordenar os movimentos, o equilíbrio, integrar os reflexos primitivos, as barreiras medianas, que trabalham a simetria, a integração dos dois lados do corpo, o cruzamento bilateral e a integração sensorial, levando em consideração que todos esses processos são extremamente necessários para a aprendizagem escolar, isto é, para a alfabetização. Alguns exemplos de atividades na educação infantil: - preparar o lanche - passar algo no pão - fazer o suco (espremer laranja, por exemplo) - mexer o bolo - amassar o pão - enrolar pãezinhos e bolachas - picar os legumes para a sopa ou salada - ralar cenoura - por e tirar a mesa - varrer o chão, usar a pá do lixo - lavar panos - torcer panos - pendurar a roupa no va

O Valor do Brinquedo no Cultivo dos Sentidos

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“Tudo que é artificial ilude os sentidos das crianças” A criança percebe o mundo pelos seus órgãos sensoriais: Tato, Olfato, Gustação, Visão e Audição; pelo sentido do equilíbrio, do movimento, do calor etc. O mundo entra na criança através dos órgãos dos sentidos. E isso se dá pelo contato com a natureza, pela vivência dos elementos: ar, água, terra e fogo; pelas brincadeiras do dia-a-dia e também pelos brinquedos. Tanto o material de que é feito o brinquedo como suas formas, cores, proporção, volume, superfície, temperatura, peso, tudo colabora para a educação desses sentidos enquanto a criança brinca. Enquanto a criança vivencia os quatro elementos, também adquire as noções de duro/mole, pesado/leve, quente/frio, alto/baixo, grande/pequeno, e assim vai se situando no mundo e fazendo uso do que o mundo lhe proporciona. A atividade do brincar exige um esforço interior de expressão de si, denominado imaginação. Essa imaginação precisa ser alimentada, precisa ter ambiente adequado. Os b